Quando menina também tive um diário Guardado à sete chaves Onde escrevi meus primeiros versos Declarações de amor eterno! Sonhos, projetos, medos... Meu eu secreto que o tempo absorveu Hoje mulher quarentona Me permito minha própria reescrita Sem tanto segredo Sou a realização dos sonhos daquela menina Sem tantos medos, sem chaves secretas Me escrevo e simultaneamente me publico Meu diário eletrônico, amigo na madrugada Fiel na escuta, aceita meus sonhos Partilha meus devaneios Não me preserva Me sabe artista Minha ribalda de vidro onde desfilo mil mascaras Autora, Atriz ou simples personagem Sou incógnita a mim mesma indecifrável!