Meu Porfiar Filosófico!
Meu Porfiar Filosófico! Precisar o quando e o como do despertar filosófico em mim, não me parece tarefa fácil, como se diz no senso comum: acho que filosofo desde que me conheço por gente. Então pensar a filosofia em minha trajetória de vida é pensar a existência em toda sua complexidade. Na busca pela precisão cronológica, me vejo muito menina, diante de uma arapuca onde uma Rolinha se debatia, era pratica comum entre os meninos da roça, espalhar por toda parte aquele tipo de armadilha para aprisionar passarinhos, a arapuca em questão era obra de um primo que sempre me fora muito querido, mas que naquele momento, diante do sofrimento do pequeno pássaro, transformava-se aos meus olhos em carrasco cruel. Eis o primeiro grande dilema do qual tenho lembrança, dilema ético, visto que, libertar o pássaro seria trair a confiança do meu primo, e deixá-lo lá a se debater até ser levado para uma gaiola, de onde jamais sairia vivo, me tornava cúmplice daquela crueldade, não que aos seis an